O cessar-fogo no Teatro de Operações do Mediterrâneo foi decretado em em 2 de maio de 1945. Nenhuma missão foi voada a partir de então, até que, em 8 de maio, foi declarada a rendição incondicional da Alemanha nazista.

A última missão de guerra do 1º GAvCa foi um voo de reconhecimento sobre o Vale do Pó, executado no dia 02/05/45. A esquadrilha designada para a missão era a "Green", quando foram recebidas ordens de enviar apenas dois aviões, com ordens de não atirar. O então líder da "Green", Cap. Av. Pessoa Ramos, escalou os dois pilotos com menos missões, que eram o Ten. Av. José Meira de Vasconcelos (D5) e pelo Asp. Av. Roberto Tormin Costa (D6).

Cessadas as hostilidades, o Grupo iniciou a organização da volta e iniciou o papel de força de ocupação. Alguns membros do grupo organizaram "tochas" e, com a devida autorização, foram conhecer outras cidades da Itália e da Europa.

Foram lançadas missões visando localizar os aviadores abatidos e prisioneiros de guerra. Nero Moura destacou dois grupos de oficiais para efetuarem a localização da documentação e dos corpos dos aviadores mortos em combate. Um desses grupos era chefiado pelo Capitão Horácio Monteiro Machado e integrado pelos Tenentes Luiz Felipe Perdigão e Alberto Martins Torres. O segundo grupo era liderado pelo Tenente Newton Neiva de Figueiredo.

Soube-se então que o Ten. Av. João Maurício Campos de Medeiros, ao contrário do que se acreditava, não havia caído prisioneiro dos alemães, mas morrera eletrocutado quando, ao saltar de paraquedas, caiu sobre fios de alta tensão. Medeiros fora abatido em 02/01/45, próximo a Alessandria, e seus companheiros viram seu paraquedas se abrindo, apesar de à baixa altura. Estranhamente, dois dias depois de sua derrubada, uma rádio alemã anunciou seu aprisionamento, o que deu a certeza aos seus companheiros de que ele estava vivo. Durante algum tempo perdurou a suspeita de que Medeiros teria sido assassinado pela Gestapo, mas depoimentos colhidos com os próprios partizanos no local de sua queda eliminaram essa hipótese.

Em uma sepultura rasa foi encontrado o corpo do Asp. Av. Frederico Gustavo dos Santos. Os alemães, na verdade, não o enterraram, mas estenderam seu corpo e cobriram-no com pedras. Sobre sua sepultura, uma cruz com seu dog-tag e uma placa feita em bronze (provavelmente feita a partir de estojos de munição) onde (numa tradução livre) se lia:

DEN FLIEGER TOD GEFALLEN
AM 13.4.1945
SANTOS, FREDERICO - G -
- BRASIL - T43 - A

 

AO AVIADOR QUE CAIU PARA A MORTE
EM 13.4.1945
SANTOS, FREDERICO - G -
- BRASIL - T43 - A

Os códigos "T43" e "A" indicam, respectivamente, a data da vacinação contra o tétano (no caso, 1943) e o tipo sanguíneo.

O P-47D de Santos fora atingido pela explosão do depósito de munição que ele mesmo atacara segundos antes. Com a explosão, o P-47D teve sua asa direita arrancada, virou de dorso e precipitou-se ao solo. Santos ainda tentou salvar-se saltando da aeronave, mas morreu no impacto com o solo, o P-47 explodindo alguns metros à frente. Além dos corpos dos Tenentes Santos e Medeiros, foram recuperados também os corpos dos Tenentes John Richardson Cordeiro e Silva, Aurélio Vieira Sampaio e Luiz Lopes Dornelles. Todos foram sepultados no Cemitério Militar Brasileiro em Pistóia, onde permaneceram até 1960, quando foram trasladados para o Monumento aos Mortos da 2ª Guerra Mundial, no Rio de Janeiro.

O 1º GAvCa ainda permaneceu na Itália, no papel de força de ocupação, até junho de 1945, preparando a volta ao Brasil, que ocorreria, finalmente, em 7 de julho.